As 8:59 estávamos na Praça do Rossio ou Carlos IV a caminho da Gare do
Oriente para onde fomos de metro.
Na realidade trata-se do Centro Comercial Vasco da Gama, que serve de porta de acesso ao
maior centro de diversões da Lisboa, o Parque das Nações, ali se realizou a ultima
exposição mundial do século XX (expo-98).
Para visitar a ponte Vasco da Gama tomamos um ônibus que levou a Alcochete, durante a
viagem recebemos algumas indicações por parte de um brasileiro (Sr. Aguinaldo) radicado
na vila de Alcochete.
Alcochete um bairro de Lisboa, do outro lado do Tejo - são remotas as origens de
Alcochete, remontando a sua ocupação, possivelmente, a 850 antes de Cristo, tendo estado
em poder de Suevos, Vândalos e posteriormente, de Muçulmanos.
O seu nome atual, de sonoridade árabe, parece derivar de uma expressão que significa
"forno".
A povoação desenvolve-se sobre a égide da dinastia de Avis e, de fato, tanto D. João I
como D. João II ai passaram largos períodos de repouso.
O Infante D. Fernando, Duque de Viseu e irmão de D. Afonso V terá, também, impulsionado
a vila, já que nela estabelece a residência onde vira a nascer, em 1469, o Rei D. Manoel
I.
Do século XV ao século XVIII a vila desenvolveu-se sob a proteção régia, D. Manoel I
concede-lhe foral em 1515, e em torno de uma nobreza rural que ai detinha vastos
domínios.
Os anos de 600 e 700 assinalam, também, a crescente importância da exploração do sal e
da lenha, tendo-se estabelecido na Barroca da Alva em finais do século XVIII, o grande
industrial de origem francesa Jacome Ratton.
Extinto em 1895, o conselho de Alcochete é restaurado em 1898, a 15 de janeiro, data que
se transformou em efeméride comemorada anualmente.
Chegamos a vila e fomos até a beira do rio, ao lado de um pequeno cais encontra-se o
Museu Municipal (núcleo de arte sacra).
No Núcleo de Arte Sacra, para alem da própria igreja, um interessante espaço
maneirista, com o seu Retabulo da autoria de Diogo Teixeira e Antonio da Costa, composto
por seis painéis constituindo dois níveis temáticos - Nascimento e Paixão de Cristo, o
visitante poderá observar peças de ourivesaria, paramentaria, espólio documental,
escultura e pintura.
Com especial destaque para três esculturas em calcário policromado (Santo Antão, São
Brás e Menino Jesus) datadas dos séculos XIV e XV, provenientes de escavações
arqueológicas realizadas, em agosto de 2004, na antiga Igreja de Santa Maria de Sabonha.
A pintura é, sem dúvida, a coleção de maior significado neste núcleo, abrangendo o
período compreendido entre os séculos XVI e XIX.
O prédio onde se situa o Museu originalmente era a Igreja da Misericórdia, classificada
de imóvel de interesse publico (IIP), apresenta um porte imponente, com uma importante
localização no contexto urbano, é ponto de confluência de duas linhas fundamentais à
estruturação original do espaço urbano da vila - a da margem do Tejo e a interior (Rua
Direita) que conduz a Igreja Matriz.
É uma construção ampla e de arquitetura simples.
O interior segue a tipologia das Igrejas pertencentes às Misericórdias, nave única com
cobertura de madeira, com um desnível de 7 degraus sobrelevando o altar, para uma melhor
visualização dos ofícios religiosos a partir da sala da irmandade.
Segundo a tradição oral, esta Igreja teria feito parte do antigo palácio dos Infantes
de Beja, onde teria nascido D. Manoel I (1469).
A inexistência de provas documentais ou arqueológicas não nos permitem confirmar sua
suposição, no entanto, nas imediações da Igreja existem elementos estruturais e
decorativos que indiciam a existência de uma importante construção, da qual
provavelmente a Igreja faria parte.
Desconhece-se a data de sua fundação, bem como a sua fundação inicial, certo é que o
edifício, como hoje o conhecemos, é resultado de adaptações feita a original,
provavelmente do século XVI, época em que passa a pertencer a Misericórdia.
Face ao avançado estado de degradação, no inicio da década de 90 do século XX, o
edifício foi restaurado e adpatado para a instalação do núcleo musicológico. Dirigimos-nos a área central da vila onde visitamos a
Igreja Matriz - da Imaculada Conceição.
Retornamos para o Bairro de Oriente e passamos novamente pela grande ponte Vasco da Gama
(14 km) e que foi inaugurada em 1998 para a expo-98, ligando mais facilmente Alcochete a
outra margem do Tejo (Lisboa).
Chegamos ao Centro Comercial Vasco da Gama e fomos almoçar, uma das opções seria um
menu aberto, tipo, como quanto quiser, entre inúmeras opções tinha picanha no
espeto, linguicinha, tender, galeto entre outros tipos de carne e feijão e arroz também,
almoçamos muito bem.
Após o almoço passeamos pelo Parque nas Nações onde esta instalado o maior aquário da
Europa, no Oceanário; aqui também estão instalados o Pavilhão Atlântico e o Teatro
Camões.
Fizemos um passeio no teleférico ao longo do rio, mais ou menos 1,5 km.
Estivemos na base do restaurante panorâmico instalado na Torre Vasco da Gama.
Começamos o retorno fazendo uso da linha vermelha do metro com conexão com a linha
verde, depois com a linha amarela e finalmente com a linha azul que nos deixou na
estação dos restauradores.
Passamos na internet e fizemos um e-mail geral e a seguir fomos ao Elevador Santa Justa
para aproveitarmos a luz solar do final da tarde que iluminava os telhados lisboetas.
Missão cumprida fomos cuidar do nosso abastecimento.
Fazendo uma retrospectiva aqui na Europa usamos trens (comboios); ônibus (auto-bus,
auto-car); metro; teleférico; elevador (ascenssor); funicular assim concluímos que
precisamos usar o meio fluvial para completar esta opção, pretendemos fazer amanhã uma
travessia do Tejo, não a nado mas sim de barco.
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