As 9:06 estávamos a caminho da Rua da Conceição que nos levou a Igreja
da Imaculada Conceição, construída em 1163, muito bonita, lá encontramos um senhor
(maior) português verdadeiro irmão brasileiro pois na conversa que tivemos sua simpatia
e amizade pelo Brasil (brasileiros) foi gratificante, nos indicou inclusive a Igreja de
Santo Antonio nas proximidades - a Igreja de Santo Antonio, erguida no sitio onde moraram
os seus pais e onde ele nasceu, supoem-se que existia, como simples ermida, desde o
século XV.
D. João II mandou edificar, no mesmo local, um templo mais suntuoso, que só viria a
ficar pronto no reinado de D. Manoel I, mas que acabaria por ser parcialmente destruído
no terremoto de 1755.
Em 1767 foi ordenada a sua reconstrução, que demorou 20 anos, só vindo a ser reaberta
ao culto em 1787.
Da construção original mantem-se a cripta, debaixo da qual, segundo a tradição, se
encontram os restos da casa dos pais.
Seguimos em direção a Sé - Igreja de Santa Maria Maior, Sé Patriarcal de Lisboa
(século XII segunda metade).
A Sé Catedral de Lisboa, data do século XII, foi mandada construir de raiz após a
conquista de Lisboa aos Mouros, em 1147 por D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal
(estilo românico).
Os estilos gótico e barroco resultaram de ampliações dos séculos XIV e XVII.
A Catedral sofreu com vários tremores de terra que abateram a cidade de Lisboa,
especialmente com o de 1755.
Foi restaurada no século XX (estado atual).
Visitamos o seu Claustro e inclusive a área de escavações arqueológicas.
A caminho no Castelo de São Jorge passamos por uma edificação que ostentava a seguinte
mensagem: Aqui do silencio das "gavetas" da pátria amordaçada dos peitos
desfeitos pelas torturas da pide subiu o clamor da liberdade floriu abril. (abril 1984).
Chegamos ao Castelo de São Jorge em cuja entrada vimos o seguinte histórico:"
Castelo de São Jorge (século XIII-XX) Monumento Nacional, dentro do perímetro das
muralhas da alcáçova destaca-se o ultimo dos redutos defensivos, ou castelejo (em
1938/1940 objeto de profundas obras de restauro) e Igreja de Santa Cruz do Castelo
(século XVIII)".
O Castelo de São Jorge está na colina mais alta de Lisboa, onde proliferam testemunhos
de fenícios, romanos e muçulmanos, ergue-se, no topo, o Castelo de São Jorge, os
vestígios mais antigos aqui encontrados remontam ao século VI antes de Cristo. Porem, a
existência de um castelo propriamente dito, data do século X-XI, altura, em que Lisboa
era uma importante cidade portuária muçulmana.
Em 1147, D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, conquista o castelo e a cidade
aos mouros.
De meados do século XIII até o inicio do século XVI, o castelo conhece o seu período
áureo.
É aqui que Vasco da Gama é recebido por D. Manoel depois de regressar da Índia e que é
representada a primeira peça de teatro português, o Auto do Vaqueiro, de Gil Vicente,
por ocasião do nascimento do futuro rei D. João III.
Com a transferência da residência real e da corte para a baixa da cidade, os terremotos
de 1531 e 1755 e o retornar da função militar no século XVIII, a descaracterização do
castelo vai se acentuando.
Declarado Monumento Nacional em 1910, é no decorrer do século XX que recebe importantes
intervenções de restauro que lhe conferiram a imponência atual.
Ao sairmos do castelo passamos pela "Cerca Velha" portas do sol séculos VIII e
XII, Monumento Nacional.
Os vestígios da "Cerva Velha" ou "Cerca Moura", tiveram a sua origem
num primeiro sistema defensivo visigótico que foi recuperado pelos muçulmanos no século
X e mantido na reconquista cristã do século XII.
Ao lado esta a Igreja de Santa Luzia (século XII, século XVIII) Monumento Nacional
(sepulturas) - o templo também de invocação de São Braz foi iniciado pela Ordem
Militar de Malta, com sepulturas no interior de diversos dos seus membros, está o
edifício implantado sobre a "Cerca Velha".
Nossa caminhada nos levou ao Largo da Igreja da Graça a qual estava fechada, assim
continuamos e chegamos a Igreja de São Vicente de Fora.
Após seguimos em direção a Igreja de Santa Engracia, trata-se de uma construção
octogonal, uma das poucas que não sofreu grandes danos no terremoto de 1755 (verificar
histórico) hoje convertida em Panteão Nacional Santa Engracea, onde estão sepultados
personalidades da história, da política e das artes portuguesas, entre eles Amália
Rodrigues.
Ao sairmos do Panteão fomos almoçar - Caldeirada de Bacalhau.
Depois de um almoço, muito gostoso, seguimos em direção ao Museu Nacional do Azulejo -
criado em 1980, esta situado na zona oriental de Lisboa no antigo convento da Madre de
Deus, fundado em 1509 pela Rainha D.Leonor.
Do edifício transformado por várias campanhas de obras destaca-se o Claustro maneirista
do século XVI; a Igreja, com importantes conjuntos de pinturas e revestimentos de
azulejos; a Sacristia, com um arcaz de madeira do Brasil e emulduramentos de talha
integrando pinturas; o coro alto, com rica ornamentação em talha dourada; a capela de
Santo Antonio, com decoração barroca setecentista e um grande numero de telas da autoria
de André Gonçalves.
A coleção abarca a produção azulejar desde a segunda metade do século XV até a
contemporaneidade.
Iniciando-se por um pequeno núcleo que ilustra os modos de manufatura do azulejo, o
percurso expositivo segue, depois, uma organizada visita cronológica.
Herança muçulmana, o azulejo tornou-se, a partir do século XV, um objeto essencial de
decoração em Portugal.
No século XVI foi importado de Valencia e Sevilha, como o azulejo com a esfera armilar,
emblema de D. Manoel I, proveniente do Paço Real de Sintra. Em técnica de majolica, o Painel de Antuérpia, com as
armas de D. Teodosio de Bragança, é contemporâneo de uma das peças cimeiras da
primeira produção nacional, o Painel de Nossa Senhora da Vida (1580), atribuído a
Marçal de Matos complementam a coleção, obras como a história do chapeleiro Antonio
Joaquim Carneiro, Lisboa, Real Fábrica do Rato, 1800 e cenas de caça entre animais,
Lisboa 1780 e azulejos de figura avulsa, Maria Helena Vieira da Silva, 1987, entre
inúmeros outros grupos de arte em azulejo.
Na antiga Casa do Presépio na Capela de Santo Antonio, está montado e exposto pela
primeira vez o magnífico conjunto escultórico de 42 figuras divinas e personagens
populares, em barro estofado, policromado e dourado, de meados do século XVIII,
atribuído a Dionísio e Antonio Ferreira.
Desmontado em finais do século XIX, este Presépio recentemente objeto de estudo e
tratamento de conservação e restauro, é agora pela primeira vez mostrado ao público em
nova montagem tornada possível com o apoio mecenático do Grupo EDIFER.
Ao sairmos do museu dos dirigimos as imediações da Praça do Comércio onde se situa o
Porto de Embarque das barcas que fazem a travessia do Tejo para Barreiro e outras
localidades do outro lado do rio.
Fizemos a travessia num ferryboat exclusivo para passageiros com capacidade aproximada
para 500 lugares, uma viagem de 20 minutos, bastante confortável.
Ficamos em Barreiro mais ou menos 15 minutos e retornamos para Lisboa no ferry seguinte.
Ao cruzarmos a Praça do Comércio as luzes da grande árvore de natal estavam começando
a serem acesas, assim decidimos providenciar o abastecimento para hoje e encerramos o
nosso dia, que podemos dizer foi muito proveitoso em termos de cultura e fotografias.
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