Começamos o nosso dia definindo como nosso objetivo inicial assistir a missa dominical.
Estamos hospedados num hostal na Calle San Nicolas, que faz fundo com a Iglesia de San
Nicolas, a qual tentamos entrar nos dois últimos dias e sempre a encontramos fechada.
Hoje não fugiu a regra e também as 9:00 estava fechada.
Uma característica muito significativa no traçado das ruas de Pamplona - parte antiga -
é que caminhando alguns passos, já visualizamos a torre de uma Igreja.
Enquanto estávamos em frente ao Palácio do Governo de Navarra visualizamos a torre de
uma Igreja (visitada ontem) e a ela nos dirigimos para assistir a missa das 9:00 (tinha
mais ou menos 40 pessoas assistindo a missa).
Essa Igreja tem em seu altar principal um quadro de uma imagem de Nossa Senhora muito
parecida a Nossa Senhora do Perpetuo Socorro.
Planejamos visitar o Parque de La Taconera e no caminho passamos pela nossa vizinha a
Igreja San Nicolas, a qual encontramos aberta e não perdemos a oportunidade de visita-la,
trata-se de uma Igreja-fortaleza com o interior belíssimo, uma das características que a
diferencia de outras que já visitamos é o seu piso que é montado em módulos de madeira
de 60x100, todos numerados e afixados com pinos de ferro em uma grande moldura que forma o
piso.
Altares muito bonitos e totalmente dourados e na parede do altar principal existe um
crucifixo com a imagem de Cristo em tamanho natural, lindíssimo.
Essa é a nossa opinião, agora a opinião navarrense: A Igreja de San Nicolas foi um
centro religioso do burgo (lugar) medieval do mesmo nome e desempenhou uma importante
função militar defensiva para os habitantes da zona.
A Igreja-fortaleza do século XII é romana de transição gótica.
No seu interior a abóbada e os ábsides são góticos.
Quanto ao resto do templo é de estilo cirterciense.
Foi restaurada em 1924.
Em seu interior abriga um grande órgão barroco de 1769 que é o melhor da cidade.
A Igreja esta circundada por pórticos construídos em 1887.
Foi declarada "bem de interesse cultural".
Seguimos em direção ao parque de La Taconera, surpresa... La Taconera é o parque que
visitamos ontem logo após sairmos da Igreja San Lourenzo, aquela que tem uma capela de
San Fermin.
Hoje conhecemos La Calle Mayor, é a rua tradicional nas cidades da Espanha.
Aqui em Pamplona com muitas obras sendo realizadas, seguindo chegamos a Ciudadella que é
uma grande área militar do século XV e XVI.
Hoje La Ciudadella é um grande pulmão verde da cidade com seus fossos, baluartes e
pabellones, são utilizados para atividades de lazer e de esportes, servem também para
exposições e atos culturais.
Ocupa o centro geográfico da cidade e cada um de seus vértices do pentágono parece
indicar os pontos cardeais.
A história da construção dessa fabulosa obra de engenharia militar que começou a ser
construída no reinado de Felipe II, em 1571, de acordo com o projeto do engenheiro
militar italiano Giacomo Pelearo, conhecido como el Fratin.
Ele e o vice-rei de Navarra Vespasiano Gonzaga idealizaram um sistema defensivo muito
sofisticado para a época, já provado antes na fortaleza de Amberes (Bélgica): um
pentágono regular com 5 baluartes nos ângulos (San Felipe el Real, Santa Maria, San
Tiago, San Anton e lá Victoria, estes 2 últimos foram demolidos em 1888).
A estrutura fundamental da Ciudadella foi concluída em 1650.
No século 18, Vauban a rodeou com um sistema de contra guardas, caminhos cobertos, meias
luas e escarpas, segundo as novas técnicas de Vauban.
Curiosamente a única vez que esta fortaleza foi tomada em sua história em 1808, não foi
necessário disparar um só tiro.
A Ciudadella serviu durante o século 18 de cárcere de pessoas significativas como o
ministro Urquijo, o marques de Leganes, o poeta Quintana, o conde Florida Blanca e Alberto
Lista.
Tendo sido levantada entre 1571 e 1645 para defesa de Pamplona é considerada o melhor
exemplo de arquitetura militar do renascimento espanhol.
Como ela foi invadida: sucedeu durante o inverno de 1808 quando pelo tratado de
Fontainebleau as tropas francesas se aquartelaram no interior da cidade em virtude da
negativa do vice-rei Marques de Vallesantoro, em alojá-las no interior do recinto
militar, assim todas as manhãs os franceses se dirigiam a Fortaleza para receber os
alimentos necessários.
No dia 16 de fevereiro após uma copiosa nevada, os franceses começaram a lançar bolas
de neve nos navarros que guardavam a fortaleza, que animados pelo jogo, esqueceram suas
obrigações e repentinamente estavam rodeados e desarmados pelas tropas estrangeiras.
Pouco depois se iniciava a guerra da independência na Espanha.
Por volta das 11:30 concluímos nossa visita a Ciudadella e decidimos almoçar/lanchar
alguma coisa em um ambiente tipo Mc Donalds, solicitamos informação a um jovem espanhol
e o mesmo nos indicou a mais ou menos 2.000 metros de onde estávamos. Seguimos por largas avenidas e sendo hoje domingo o
movimento é bastante reduzido, nos parece que as atividades começam por volta das 12:00
horas.
Chegamos a praça do Planetário e parque Yamaguchi.
O parque de Yamaguchi foi inaugurado em 1997 com o nome da cidade japonesa onde viveu San
Francisco Xavier no século XVI, com a qual a cidade de Pamplona tem um convenio de
irmandade.
Com sua extensa área verde disposta da maneira de um jardim japonês, a presença do
planetário onde se celebram encontros e exposições de divulgação cientifica, a praça
tem alta concentração de salas de cinema e estabelecimentos de hotelaria, a área do
Yamaguchi é um dos pontos mais notórios de encontros e descanso dos pamplonenses.
Localizamos o que procurávamos o Mc Donalds, somente estará aténdendo a partir das
13:00 horas.
Para fazer tempo tomamos um ônibus de circulação urbana e fomos até a localidade de
Villava, o percurso de ida foi de mais ou menos 30 minutos e durante o trajeto passamos
por GRANDES conjuntos habitacionais, bastante novos, e em áreas de muitas construções.
Após fazermos o percurso de volta fomos saborear um merecido Big Mac, fomos atendidos
pela Jenifer - uma brasileira radicada aqui em Pamplona a 5 anos, nos brindou com um
chopp, chicken, mac nugets e roletes de batatas (gentileza da casa).
Almoçamos calmamente e fomos comprar algo para complementar nosso jantar e novamente ela
não nos cobrou, ocasião que apresentou sua irmã Luciana e uma amiga portuguesa de
Braga, Andrea. A Janifer e a Luciana são de São Paulo - zona leste.
Perguntamos se vão voltar ao Brasil e como resposta nos disseram que aqui não existe
tanta pobreza, existe bastante segurança para as pessoas, e para o Brasil somente de
ferias.
|