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15/07/2007 - Florianópolis - SC

Ponte Hercílio Luz, cartão postal da cidade de Florianópolis.


          Florianópolis
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Aniversário 23 de março
Fundação 23 de março de 1726
Gentílico florianopolitano
Localização 27° 35' 49" S 48° 32' 56"
O Estado Santa Catarina
Área 433,317 km²
População 406.564 hab. est. 2006, Densidade 938,3 hab./km²
Altitude 0 metros
Clima subtropical oceânico
Florianópolis é a capital do estado de Santa Catarina e uma das três ilhas-capitais do Brasil.
A ponte que identifica Florianóplis capital de Santa Catarina.
Originalmente denominada Nossa Senhora do Desterro, em alusão a sua padroeira, ou simplesmente Desterro, a cidade teve seu nome alterado ao fim da Revolução Federalista, em 1894, em homenagem ao então presidente da República Floriano Peixoto, cujo governo pôs fim ao conflito.
Deste nome deriva o apelido Floripa, pelo qual a cidade é amplamente conhecida.
Destaca-se por ser a capital brasileira com a melhor qualidade de vida e os melhores índices de desenvolvimento social.
Localiza-se no centro-leste do estado de Santa Catarina e é banhada pelo Oceano Atlântico.
Grande parte de Florianópolis (97,23%) está situada na Ilha de Santa Catarina, onde, somadas às continentais, existem cerca de 100 praias.
A imagem "cartão-postal" que a identifica é a famosa Ponte Hercílio Luz (inaugurada em 1926), primeira ligação rodoviária entre a ilha e o continente.

A Barra da Lagoa e parte da praia de Moçambique.
História
- Civilizações Pré-Cabralinas
Os habitantes da região de Florianópolis na época da chegada dos exploradores europeus eram os índios carijós, de origem tupi-guarani.
Praticavam a agricultura, mas tinham na pesca e coleta de moluscos as atividades básicas para sua subsistência.
Porém, outras populações mais antigas habitaram a ilha em tempos mais remotos.
Existem indícios de presença do chamado Homem de Sambaqui em sítios arqueológicos cujos registros mais antigos datam de 4800 a.C..
A Ilha de Santa Catarina possui numerosas inscrições rupestres e algumas oficinas líticas, notadamente em várias de suas praias.
A Ilha de Santa Catarina era conhecida como Meiembipe ("montanha ao longo do mar") pelos carijós.
O estreito que a separa do continente era chamado Y-Jurerê-Mirim, termo que quer dizer "pequena boca d'água" e também se estendia à própria ilha.
Séculos XVI e XVII
Já no início do século XVI, embarcações que demandavam a Bacia do Prata aportavam na Ilha de Santa Catarina para abastecer-se de água e víveres.
Entretanto, somente por volta de 1675 é que o bandeirante Francisco Dias Velho, junto com sua família e agregados, dá início ao povoamento da ilha com a fundação de Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis)
- segundo núcleo de povoamento mais antigo do estado, ainda fazendo parte da vila de Laguna, Vista da praia de Campeche. desempenhando importante papel político na colonização da região.

Século XVIII
A partir da vinda de Dias Velho intensifica-se o fluxo de paulistas e vicentistas, que ocupam vários outros pontos do litoral.
Em 1726, Nossa Senhora do Desterro é elevada à categoria de vila, a partir de seu desmembramento de Laguna.
A ilha de Santa Catarina, por sua posição estratégica como vanguarda dos domínios portugueses no Brasil meridional, passa a ser ocupada militarmente a partir de 1737, quando começam a ser erigidas as fortalezas necessárias à defesa do seu território.
Esse fato resultou num importante passo na ocupação da ilha.
Com a ocupação, prosperaram a agricultura e a indústria manufatureira de algodão e linho, permanecendo, ainda hoje, resquícios desse passado, no que se refere à confecção artesanal da farinha de mandioca e das rendas de bilro.
Nessa época, meados do século XVIII, verifica-se a implantação das
A parte central da cidade de Florianópolis.
"armações" para pesca da baleia, em Armação da Piedade (Governador Celso Ramos) e Armação do Pântano do Sul (Florianópolis), cujo óleo era comercializado pela Coroa fora de Santa Catarina, não trazendo benefício econômico à região.
Século XIX
No século XIX, Desterro foi elevada à categoria de cidade; tornou-se capital da Província de Santa Catarina em 1823 e inaugurou um período de prosperidade, com o investimento de recursos federais.
Projetaram-se a melhoria do porto e a construção de edifícios públicos, entre outras obras urbanas.
A modernização política e a organização de atividades culturais também se destacaram, marcando inclusive os preparativos para a recepção ao Imperador D. Pedro II (1845).
Em outubro desse ano, ancorada a embarcação imperial nos arredores da ilha, D. Pedro permaneceu em solo catarinense por quase um mês.
Nesse período, o Imperador dirigiu-se várias vezes à Igreja (hoje Catedral Arquidiocesana), passeou pelas ruas da Vila do Desterro e, na "Casa de Governo", concedeu "beija-mão".

A ponte Hercílio Luz (esquerda) e as duas novas pontes ligando a ilha ao continente: a ponte Colombo Salles e a ponte Pedro Ivo Campos.
Em 1891, quando o marechal Deodoro da Fonseca, por influência da Revolta da Armada, renunciou à presidência da recém-instituída república, o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o poder, mas não convocou eleições após isso, contrariando o prescrito na Constituição promulgada neste mesmo ano, fato que gerou duas revoltas: a 2ª Revolta da Armada (originária da Marinha, no Rio) e a Revolução Federalista (patrocinada por fazendeiros gaúchos).
As duas insurreições chegaram ao Desterro com o apoio dos catarinenses.
Entretanto, Floriano Peixoto conteve-as ao aprisionar seus líderes e, com isso, restaram no domínio da cidade tão-somente simpatizantes do presidente, que, em sua homenagem, deram à capital a denominação de Florianópolis, ou seja, "cidade de Floriano".
Também, no final do século XIX, em 1898, foi fundado um importante colégio pela Congregação das Irmãs da Divina Providência, o Colégio Coração de Jesus.
- Século XX Avenida Beira Mar Norte, no Centro de Florianópolis. A cidade, desde o entrar do século XX, passou por profundas transformações.
Vista geral da cidade de Florianópolis.
A construção civil fez-se um dos seus principais suportes econômicos.
A implantação das redes básicas de energia elétrica, do sistema de fornecimento de água e da rede de esgotos somou-se à construção da Ponte Hercílio Luz, tudo a assinalar o processo de desenvolvimento urbano.
Além disso, em 1943 foi anexada ao município a parte continental, antes pertencente à vizinha São José.
Ao final do século XX — nas três últimas décadas, principalmente —, a ilha experimentou singular afluência de novos moradores, iniciada com a transferência da sede da Eletrosul do Rio de Janeiro para o centro da ilha, com sede fixada no bairro Pantanal.
Construíram-se duas novas pontes ligando a ilha ao continente: a ponte Colombo Salles e a ponte Pedro Ivo Campos.
Os bairros mais afastados da ilha também foram objeto de intensa urbanização.
Surgiram novos bairros, tal como Jurerê Internacional, de alto nível socioeconômico, enquanto em alguns pontos começou uma ocupação desordenada, sem o devido zelo com respeito a obras de urbanização.
Florianópolis vista a noite, as luzes refletindo nas agua do mar.
Geografia de Florianópolis.
Florianópolis é uma das três ilhas-capitais do Brasil (as outras são Vitória e São Luís).
A área do município, compreendendo a parte continental e a ilha, abrange 436,5 km².
Fazem parte do município de Florianópolis os seguintes distritos: Sede, Barra da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Campeche, Canasvieiras, Ingleses do Rio Vermelho, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Ratones, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa e São João do Rio Vermelho.
Relevo
A ilha de Santa Catarina possui uma forma alongada e estreita, com comprimento médio de 54 km e largura media de 18 km.
Com litoral bastante recortado, possui várias enseadas, pontas, ilhas, baías e lagoas.
A ilha está situada de forma paralela ao continente, separadas por um estreito canal.
Seu relevo é formado por cristas montanhosas e descontínuas, servindo como divisor de águas da ilha.
As altitudes variam entre 400 e 532 metros. O ponto mais alto da ilha é o Morro do Ribeirão, com 532 metros de altitude. Paralelamente às montanhas surgem esparsas planícies, em direção leste e na porção noroeste da ilha.
Na face leste da ilha, há presença de dunas formadas pela ação do vento.
Clima
Florianópolis apresenta as características climáticas inerentes ao litoral sul-brasileiro.
As estações do ano são bem caracterizadas, verão e inverno bem definidos, sendo o outono e primavera de características semelhantes.
A média das máximas do mês mais quente varia de 26°C a 31ºC e a média das mínimas do mês mais frio, de 7,5°C a 12°C.
Areias da praia. A temperatura média anual está em torno de 24°C.
A temperatura mais baixa registrada na cidade foi de -2°C em 1975 e a máxima foi de 39°C.
Geadas não são freqüentes, mas ocorrem esporadicamente no inverno.
Devido à proximidade do mar, a humidade relativa do ar é de 80% em média.
A precipitação é bastante significativa e bem distribuída durante o ano.
A precipitação normal anual para o período de 1911-1984 foi de 1521 mm.
Não existe uma estação seca, sendo o verão geralmente a estação que apresenta o maior índice pluviométrico (Hermann et alii, 1986).
Elevadas precipitações ocorrem de janeiro a março, com média de 160 mm mensais, sendo que de abril a dezembro há pouca variação, com uma média em torno de 100 mm mensais.
Os valores mais baixos ocorrem de junho a agosto.
Praias
Considerava-se que Florianópolis tinha 42 praias, sendo este durante décadas um dos slogans do município.
Por encomenda do IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis), realizou-se, pela primeira vez, um levantamento completo sobre as praias da capital catarinense.
Foram mapeadas mais de 100 praias.
Como o objetivo do trabalho era toponímico, para cumprir lei municipal que determina a sinalização de todas as praias, ficaram de fora mais de uma dezena que, de tão desconhecidas, nem possuíam denominação.
As 100 praias catalogadas são reconhecidas como tais pela população local, tendo, em alguns casos, mais de um nome.
Algumas ainda são pouco conhecidas dos turistas.
Na Ilha de Santa Catarina existe uma grande laguna: Lagoa da Conceição e uma grande lagoa: Lagoa do Peri.
Outra porção da cidade está localizada no continente, onde encontram-se bairros importantes como Estreito, Coqueiros, Bom Abrigo, Itaguaçu, Abraão, Capoeiras e Balneário, entre outros.
Demografia
Florianópolis possuía uma população de 406.564 habitantes em 2006, segundo estimativas do IBGE.
Em 2000, dos doze distritos que compõem o município, o de maior população era o distrito sede (213.574 habitantes).
Das 94 comunidades de Florianópolis, as mais populosas eram o Centro, na ilha, com 41.827 habitantes, e no continente, Capoeiras (17.905 habitantes).
A população de Florianópolis é bastante diversa, embora a maioria seja de ascendência européia.
A população da cidade é majoritariamente de origem portuguesa, com destaque para os colonos açorianos que colonizaram a região em meados do século XVIII.
Também são importantes numericamente os descendentes de alemães e italianos que começaram a chegar à cidade no início do século passado, vindos das diversas colônias do interior de Santa Catarina.
Distritos
- Existem atualmente 12 distritos em Florianópolis: Barra da Lagoa, Cachoeira do Bom Jesus, Campeche, Canasvieiras, Ingleses do Rio Vermelho, Lagoa da Conceição, Pântano do Sul, Ratones, Ribeirão da Ilha, Santo Antônio de Lisboa, São João do Rio Vermelho, Centro.
Bairros
Existem atualmente 84 bairros em Florianópolis: Abraão, Agronômica, Balneário, Balneário Daniela, Barra da Lagoa, Bom Abrigo, Cachoeira do Bom Jesus, Cacupé, Campeche, Canasvieiras, Capoeiras, Carianos, Centro, Coloninha, Coqueiros, Córrego Grande, Costa de Dentro, Costeira do Pirajubaé, Estreito, Ingleses do Rio Vermelho, Itacorubi, Itaguaçu, Jardim Atlântico, João Paulo, Jurerê, Lagoa da Conceição, Monte Verde, Morro das Pedras, Pantanal, Pântano do Sul, Ponta das Canas, Ratones, Ribeirão da Ilha, Rio Tavares, Rio Vermelho, Saco dos Limões, Saco Grande, Santa Mônica, Santo Antônio de Lisboa, Trindade, Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande, Vargem Pequena .

Região metropolitana de Florianópolis.
A região metropolitana de Florianópolis, popularmente conhecida como "Grande Florianópolis", é constituída principalmente pelos municípios de São José, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Antônio Carlos e conta com aproximadamente 920 mil habitantes atualmente.
Símbolos
O hino do município é a canção Rancho de Amor à Ilha, composta pelo poeta Cláudio Alvim Barbosa, o Zininho, em 1965.
A canção foi oficializada como hino em 1968.

A árvore símbolo de Florianópolis é o Guarapuvu .
A flor símbolo é a orquídea Laelia purpurata
O pássaro é o Martim Pescador Verde.


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2007-07-15 - Florianópolis - Fonte: Diversas

Mendes  @   Rosa Maria

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