O dia 16 de novembro de 2006 aqui em Leon amanheceu chovendo, alias
choveu durante a noite toda, uma chuva suave, mas persistente.
O dia amanheceu com o Parque, nosso visinho, (é o paseo ao lado do rio) totalmente
coberto por folhas que caíram durante a noite.
Nosso objetivo para o dia de hoje é visitar a cidade de Astorga que faz parte da
comunidade de Castilla y Leon.
Saímos de Leon as 9:00 e chegamos as 10:00 em Astorga, a chuva foi amainando e quando
chegamos em Astorga estava bastante frio, com vento, mas sem os chuviscos da saída.
Astorga é um município da Espanha na província de León, comunidade autónoma de
Castela e Leão, de área 46,89 km² com população de 12.207 habitantes (2004 ) e
densidade populacional de 260,33 hab/km².
É a capital econômica da região histórico-cultural denominada Maragatéria.
A cidade de Astorga tem uma história milenar.
O surgimento da cidade de Astorga está relacionado ao assentamento das tropas militares
da Legião X Gemina encarregada de incorporar ao Império Romano o território Astur.
Era o ano 19 Antes de Cristo quando a legião se assentou num pequeno morro onde hoje se
encontra o centro urbano.
Meio século depois, a dinâmica do desenvolvimento da região, e em especial a riqueza
das minas de ouro, converteram este lugar numa Urbe dedicada ao controle administrativo
das explorações e da administração do Conventus Asturum.
Com estas funções políticas e administrativas se manterá até a chegada do
cristianismo durante o século IV depois de Cristo, época em que se levantará a muralha
e se iniciara o processo de reestruturação urbana que permitiu a conservação dos
restos arqueológicos com os quais conta a cidade na atualidade.
Astorga tem uma grande, linda e fabulosa Catedral, a construção do edifício Catedralico
começou em 1471 quando foi assentado sobre outro de arquitetura românica, e que só foi
concluído no século XVIII.
Este grande prolongamento no tempo de construção permitiu assimilar a evolução
estilística da arquitetura religiosa da cidade.
Como exemplo temos, as fachadas exteriores, renascentistas e dos obispos e a principal
barroca.
Sua estruturação interior eminentemente gótica acolhe sem embargo o retablo mayor, obra
de Gaspar Becerra considerado como o primeiro do maneirismo espanhol.
Também se pode contemplar a Virgem Imaculada de Gregório Fernandez, a silleria do coro
do século XVI, o retablo hispano-flamengo de San Miguel e o conjunto de retablos barrocos
das capelas laterais.
Seguindo passamos pelo Palácio Episcopal, depois do incêndio no edifício medieval
destinado a residência episcopal no ano de 1886, Obispo Juan Bautista Grau Vallesnos
contratou o arquiteto Antonio Gaudi para elaborar um projeto e posterior construção do
atual palácio.
As inacabadas obras começaram em 1889 prolongando-se por um período de três anos abaixo
da direção do arquiteto catalão, concluindo-se em 1913 pelas mãos do arquiteto
madrileño Ricardo Garcia Guereta.
Tendo sido projetado como residência episcopal, nunca teve o uso devido, e em 1963 se
converteu em Museu de Los Caminos.
A coleção que possui expõe peças pertencentes ao patrimônio eclesiástico da diocese
asturiscense.
Do românico até a atualidade se conservam peças de autores como: Gregório Español,
Sebastian de Encalada, Demetrio Montecerim e uma interessante coleção epigrafica e
numismática da cidade romana.
Em nossa visita por Astorga passamos pela Plaza Mayor, a Igreja de San Bartolomeu estava
fechada.
Visitamos as escavações da Plaza Romana e chegamos a Capela de Santa Vera Cruz em cuja
frente consta a seguinte mensagem: Reedificada no reinado do monarca mais amado, o
jovem Rei El VII Dom Fernando no ano de 1816.
Ao seu lado esta a Igreja do Perpetuo Socorro.
Continuando nossa visita passamos pelo Santuário Nuestra Senhora de Fátima, cuja
caminhada nos levou ao paseo de La Muralha pelo qual transitamos até as proximidades da
Puerta do Sol (trata-se de uma obra de engenharia que envolveu um volume significativo de
materiais, tais como: pedras e argamassa.
Visitamos o monumento erigido para recordação perpétua dos heróicos defensores da
cidade em seus memoráveis sítios que enfrentaram as hostes napoleônicas em 1809/1810.
A seguir fomos almoçar no Restaurante La Berciana cujo prato do dia foi: sopa de cocido -
Menestra - Tortilha - Carne Guisada - Leche Frita - pão e vinho. As 13:25 voltamos para Leon, em vários pontos do percurso
vimos peregrinos se dirigindo a Santiago de Compostela trilhando o mesmo trajeto que
fizemos em 2002, inclusive conseguimos um rápido close da ponte pietonal de Hospital
de Orbigo.
Chegando em Leon decidimos circular, seguimos até a ponte medieval sobre o Rio Bernesga
nas proximidades da Plaza de San Marcos, dali a nossa caminhada que nos levou ao Auditorio
da cidade de Leon, e a sede do Ayuntamiento Territorial, uma grande estrutura de cor cobre
com muito vidro rodeada por uma grande praça.
Chegamos a Muralha na Porta do Castelo, de lá seguimos até a Catedral cujo fundo se
integram a própria muralha.
Chegamos a Plaza Mayor, hoje totalmente limpa e sem o mercado que ontem lá estava
funcionando.
Passamos pelo convento de La Concepcion fundado em 15 de maio por D. Leonor de Quinones,
filha do primeiro conde de Luna.
Tem uma porta gótica e a Igreja é do século XVI com escudo de Los Quinones.
Seguindo pelas vielas chegamos a Igreja de Santa Maria del Camino, que estava fechada, e
que está protegida por dois grandes leões (estatuas) em suas laterais.
Em cada trecho que nos encontramos com as muralhas de Leon mais surpresas temos ao
verificarmos sua extensão e espessura.
Chegamos ao Parque San Francisco o qual esta situado a frente da Igreja de San Francisco -
fechada - dali seguimos a Calle Velasquez a fim de tomarmos ciência das ultimas mensagens
recebidas de nossa terra e atualizarmos o site.
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